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Walkiria Lúcia de Araújo Cavalcante Centro Kardecista "Os Essênios" João Pessoa - PB |
Às vezes necessitamos tomar um remédio amargo,
mas necessário para a cura
"A alegria é um tesouro da vida que deve ser buscada e vivenciada, em razão das bênçãos que proporciona. Isso, porém, não quer dizer que não ocorram momentos de preocupação, de tristeza, de ansiedade e de receio, perfeitamente naturais no comportamento saudável que, em vez de uma linha horizontal, possui os seus ascendentes e descendentes emocionais, dentro, no entanto, dos padrões de equilíbrio." - Livro Entrega-te a Deus, cap.11.
Busca-se muito a felicidade hoje em dia, mas acabamos nos perdendo nesta busca, pois atribuímos a coisas transitórias o valor de coisas eternas. Confundimos felicidade com alegria. A felicidade é eterna e independe de fatores externos. A alegria representa momentos furtivos dos quais nos utilizamos para suavizarmos a encarnação.
Não queremos dizer com este preâmbulo que a felicidade é algo que somente será alcançada quando formos espíritos puros. Lemos no próprio O Evangelho Segundo o Espiritismo que podemos construí-la desde já e sorve-lhe as benesses. Isto é conseguido através da prática do amor e da caridade. Estas duas palavras sempre são abordadas em toda dialética espírita e mesmo assim conseguimos envolvê-las em várias situações, chegando ao cerne da prática do exemplo do Cristo e da transformação moral que se faz necessária em nós em regime de urgência.
Às vezes necessitamos tomar um remédio amargo, mas necessário para a cura. Assim também é a vida, melhor dizendo, o caminho que nos eleva a patamares superiores. Temos a dificuldade de analisarmos estes momentos, pois acreditamos que não estamos mais numa condição tão primária de evolução, acreditando-nos detentores de alta envergadura moral. Mas que não deixamos de comer a fruta no supermercado sem pagar, usar a impressora do nosso trabalho para imprimir documentos nossos sem anuência de nosso chefe ou, simplesmente, não aceitamos esperar a nossa vez na fila de passes, pois acreditamos que o que iremos fazer após é mais importante do que o outro que chegou mais cedo tem para fazer.
Então, este remédio amargo, representa o início da cura que só poderá ser alcançada através do repouso e recolhimento necessários, ou seja, afastamento daquilo que nos oferece as dificuldades do caminho e reflexão sobre o que podemos fazer para melhorar e sarar do que estamos vivendo. Não nos acreditamos suficientemente fortes pára confrontarmos situações que ainda nos chamam a incursão no erro. É melhor por vezes evitar o confronto do que tê-lo e sucumbir aos maus pendores. (continua)
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