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sexta-feira, 1 de março de 2013

O Cristianismo ignorado da mediunidade de Paulo

Por José Reis Chaves

              Paulo de Tarso escreveu quase a metade do Novo Testamento, com suas 13 cartas que são os textos cristãos bíblicos mais antigo. Só mais tarde é que os evangelhos foram escritos, cujos autores se basearam muito nas cartas paulinas (¹). E, assim, o cristianismo tem muito a ver com a teologia do Apóstolo dos Gentios, Ademais, a tônica das suas cartas é teológica. E o próprio Jesus o denomina de vaso escolhido para divulgar o cristianismo entre os gentios, os reis e o povo de Israel ( Atos 9:15).
                 Os pregadores cristãos, com exceção dos espíritas, sempre fogem da abordagem sobre o fato de que Paulo não conheceu Jesus encarnado e que, pois, todos os contatos entre ele e o Nazareno aconteceram quando o excelso Mestre já havia passado para o chamado mundo dos Espíritos, impropriamente chamado de mundo dos mortos. Se Paulo só conheceu Jesus em espírito, todos os seus contatos com o Mestre são mediúnicos. E para uma comunicação direta com Jesus, que muito dificilmente se manifesta, só mesmo por meio de um médium do nível espiritual e moral de Paulo ou de alguém semelhante a ele. Para saber mais desse assunto de mediunidade na Bíblia e de um modo geral, recomendo os capítulos 12, 13 e 14 de 1 Coríntios, O Livros dos Médiuns, de Kardec, de várias editoras, o meu A Face Ocultas das Religiões, Ed. EBM, SP, e Espiritismo - Princípios, Práticas e Provas, Ed. GEEC.
                      E a teologia paulina, perfeita ou imperfeita, influenciou, principalmente, a teologia da Eucaristia ( 1 Coríntios 11: 23, 24, 25 e 26) e da divindade de Jesus decretada no Concílio de Niceia (325). aulo começou a escrever suas cartas pelos anos 50. Seu discípulo Lucas o engrandece, dando-lhe destaque em grande parte em Atos. E Paulo se considerava um apóstolo privilegiado de Jesus, dizendo que sua escolha foi feita pelo Cristo celestial e não segundo a carne, como no caso dos demais apóstolos, e até fala em seu próprio evangelho (2 Coríntios 5: 16 e 17 ; Gálatas 1: 15 e 16. e Romanos 2:16) . Paulo fala que ouvia a voz desencarnada de Jesus (2. Coríntios 12:9; e 1 Tessalonicenses 4:15) . E outros fenômenos mediúnicos, aconteceram com ele , não só com o Espírito de Jesus, mas também com outros Espíritos.
                       Com Jesus tudo começou na estrada de Damasco, quando a voz do Mestre retumba em seus ouvidos dizendo-lhe: Saulo, Saulo por que me persegues? E a luz através da qual Jesus se lhe manifesta é tão intensa, que Paulo fica cego e desmaia. Lembro-me aqui que a maneira mais comum de um Espírito se manifestar é em forma de luz (fogo) e nuvem (fumaça). Dai a sarça ardente, a nuvem e a tocha na caminhada de Moisés com o seu povo para a Terra Prometida, e a Estrela de Belém. Outro exemplo de o Espírito de Jesus ter aparecido a Paulo foi quando este apóstolo foi aconselhado a não ir para Bitínia.(Atos 16:7). E a Paulo apareceu também o Espírito de um homem macedônio, pedindo-lhe que fosse para a Macedônia (Atos 16:9).
                          Deve-se a Paulo, como vimos grande parte do Novo Testamento e da teologia cristã. Mas não nos esqueçamos de que as revelações que ele recebeu foram por meio de fenômenos mediúnicos ou espíritas.
                           E qual cristão não-espírita ousaria falar  que se trata de questões visionárias e alucinatórias e que, pois, elas não merecem crédito, como fazem, geralmente, os teólogos, os dirigentes religiosos e os seus inocentes úteis, referindo-se aos fenômenos mediúnicos espíritas?

(¹) N.R: Conforme o livro Paulo e Estevão, de Emmanuel, 
as anotações de Levi ou Mateus, já circulavam
 quando Paulo de Tarso se iniciou no Cristianismo.
(O Consolador,13 Fev 2011)

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